"É errado, portanto, censurar um romance que é fascinante por suas misteriosas coincidências (...) mas é certo censurar o homem que é cego a essas coincidências em sua vida diária.
Pois sendo assim, ele priva
sua vida de uma nova dimensão de beleza."
(A Insustentável Leveza do Ser - Milan Kundera)
É desejo de todos viver um grande amor, uma paixão ou um romance arrebatador... mas quando temos a oportunidade de viver a emoção tão esperada... o que fazemos? Muitas vezes acabamos nos censurando e deixamos o momento mágico passar... A chance de viver um verdadeiro amor, não se resume ao físico, nem ao romântico. O verdadeiro amor é aceitação de tudo que o outro é... de tudo que foi um dia... do que será amanhã... e do que já não é mais!
Silvia Elena
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Sim, sim. Eu sustento este pensamento, embora a leveza do amor me parece ser insustentável, Silvia! Aqui, ao som de Limbo No More, tenho cada vez mais certeza de que amor é doação, compartilhação. Compartilhar inclusive aquilo que não é agradável em nós mesmos, como dividir a própria solidão. Coisa última a ser dividida. Mas tudo parece tão incerto! Eu, por exemplo, de peito aberto, soube uma vez o que era o amor. No entanto, nao se ama por dois, o que é mais uma variável complicada no cálculo. Cálculo? Eu pensei que somando as compreensões da outra pessoa eu amava. Mas não. Era justamente amando as incompreensões que se ama de verdade. Que fazer? Primeiro ficar estático, em um hiato profundo que é a reflexão sobre o nada. Espero que o amor de sentido a tudo. Inclusive as nossas próprias incompreensoes que, no momento, é o que nos aflige!
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