terça-feira, 18 de maio de 2010

Meus pedaços...


Quanto mais me despedaço, mais fico inteira e serena.

(Cecília Meireles*)




*Cecília Benevides de Carvalho Meireles (Rio de Janeiro, 07/11/1901 — 09/11/1964) foi uma poetisa, pintora, professora e jornalista brasileira. Foi criada por sua avó portuguesa, D. Jacinta Garcia Benevides e, aos nove anos, começou a escrever poesia. Frequentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre os anos de 1913 e 1916. Como professora, estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.

"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.

(…) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.

(…) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano." (Cecília Meireles)


Fontes:
http://www.releituras.com/cmeireles_bio.asp
http://www.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/ceciliameireles/index.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cec%C3%ADlia_Meireles

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