Por Amy Toohill
(Tradução: Sérgio Barros)
Ganhei de um amigo, há 2 meses, um quebra-cabeça de 1500 peças. Eu não montava um quebra-cabeça desde que era criança. É engraçado como nós deixamos de fazer certas coisas quando crescemos: quebra-cabeça, colorir, brincar com bonecas, pular corda, pique de esconder...
Coisas que nos trouxeram tanta alegria quando criança e nós paramos de fazer quando alcançamos uma certa idade. - É uma vergonha, não é? Devo admitir, eu realmente aproveitei o quebra-cabeça, embora muito frustrante às vezes, era um bom desafio. Cada vez que eu achava uma peça que se encaixava, era extremamente recompensador. Bom e daí?
Você já percebeu quantas semelhanças existem entre um quebra-cabeça e a vida? Num quebra-cabeça cada peça é parte muito importante no grande quadro, na vida são as pessoas e os acontecimentos as partes importantes.
Como peças de um quebra-cabeça, cada um de nós é único, especial em seu próprio jeito. Embora semelhantes não há dois iguais.
Ironicamente são nossas diferenças que nos fazem “encaixar”. Enquanto eu trabalhava no quebra-cabeça havia uma peça que eu estava certa de pertencer à um ponto em particular. Mas não encaixava.
Acabava voltando pra ela tentando encaixá-la, me esquecendo que já havia tentado. Eu tinha meu pensamento focado no fato de que eu sentia que a peça era daquele espaço. Penso em quantas vezes eu fiz a mesma coisa em minha vida, tentando fazer acontecer coisas que simplesmente não eram para ser. Tentava várias vezes, chegava ao ponto de forçar, mas não era para ser, e nada do que eu fiz mudou isso.
Se você já montou quebra-cabeça sabe como é perder tempo procurando um pedaço específico, de repente parece tão óbvio... mas eu não conseguia achar, consegui foi embaralhar ainda mais as peças. Fiquei frustrada e decidi deixar para lá e ficar longe dele, quando voltei mais tarde achei a peça imediatamente, estava bem na minha frente desde o começo.
Minha vida foi assim muitas vezes, tentava entender por que certas coisas aconteciam e do jeito que aconteciam, procurava as respostas por todos os lados e às vezes as respostas estavam bem na minha frente. Era só dar uma paradinha, um pequeno passo atrás, respirar e acalmar que as respostas me encontravam.
Olhando as peças deste quebra-cabeça eu penso nas “peças” da minha vida: minha família, meus amigos, acontecimentos, marcos e celebrações. Uma mistura de bom e ruim, alegria e lágrima, felicidade e tristeza. Penso em todas as peças que imaginei sem importância e sem propósito.
Reflito em todas as peças que em minha vida me fizeram perguntar... “Porque, meu Deus?” “Porque isto?”
E repentinamente percebi que por causa dessas peças, outras peças se encaixaram tão bem, tudo em nossa vida acontece por uma razão. Cada acontecimento, bom ou mau, é como uma peça do quebra-cabeça. Deixe uma peça de fora e se quebra a harmonia inteira do produto final.
Talvez ainda não possamos entender o papel importante de cada peça em nossa vida, ainda existem muitos buracos e o quadro ainda não está claro, mas sei que quando minha viagem nesta vida estiver concluída e a peça final estiver em seu lugar, eu entenderei. E serei capaz de ver o quadro completo e a beleza de cada peça.
Até lá eu continuarei a viver com fé. Sabendo e confiando que todas as peças que eu preciso estão aí, e que é só uma questão de tempo até que se encaixem bem. Lembrarei de que há um grande quadro, um plano para mim, e que sou incapaz de ver agora.
Acreditarei que cada peça em minha vida, mesmo as dolorosas, têm propósito e cumprem papel importante. E quando estiver fraca, procurarei força pela oração. Farei isto até que a obra-prima de Deus em mim estiver finalmente completa, e Ele então cochichará... “Muito bom, está feito!”