sexta-feira, 16 de abril de 2010

O que não foi vivido...


[...] Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando-se do
sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.

(Carlos Drummond de Andrade in Definitivo*)




*Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31/10/1902 — Rio de Janeiro, 17/08/1987) foi um poeta, contista e cronista brasileiro.

Nascido e criado na cidade mineira de Itabira, Carlos Drummond de Andrade levaria por toda a sua vida, como um de seus mais recorrentes temas, a saudade da infância. Precisou deixar para trás sua cidade natal ao partir para estudar em Friburgo e Belo Horizonte.

Formou-se em Farmácia, atendendo a insistência da família em graduar-se. Trabalha em Belo Horizonte como redator em jornais locais até mudar-se para o Rio de Janeiro, em 1934, para atuar como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, então nomeado novo Ministro da Educação e Saúde Pública.


Fonte:
http://www.carlosdrummonddeandrade.com.br/index.php

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