terça-feira, 5 de junho de 2012

Minha infância...



Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais...

(Trecho da poesia: Meus oito anos - Casimiro de Abreu)



Fonte sobre Casimiro de Abreu:


Casimiro de Abreu (1837-1860), poeta romântico brasileiro. Dono de rimas cantantes, ao gosto do público. Casimiro de Abreu publicou apenas um livro: As Primaveras (1859). Filho de um rico comerciante, nasceu em Barra de São João (RJ) e cresceu no Rio, então capital do Império e centro cultural do país. Entre 1853 e 1857, estudou em Portugal. 

A vocação literária, porém, suplantou a vida acadêmica. Em Lisboa, iniciou-se como poeta e dramaturgo. A peça Camões e Jaú estreou no teatro D. Fernando e, nela, o autor proclama sua brasilidade, as saudades dos trópicos e refere-se a Portugal como "velho e caduco". 

De volta ao Brasil, dedicou-se à atividade comercial, com o apoio paterno. Mas definia este trabalho como uma "vida prosaica…que enfraquece e mata a inteligência". Morreu aos 21 anos, de tuberculose, em Nova Friburgo (RJ). Seu poema mais famoso é Meus Oito Anos. 

Da segunda geração romântica brasileira, Casimiro de Abreu cultivava um lirismo de expressão simples e ingênua. Seus temas dominantes foram o amor e a saudade. Embora criticado por deslizes de linguagem e falta de embasamento filosófico, Casimiro de Abreu é admirado, justamente, pela simplicidade. Alguns versos acabaram se incorporando à linguagem corrente como, por exemplo, simpatia é quase amor, hoje nome de um famoso bloco do carnaval carioca [...]

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